terça-feira, 8 de junho de 2010

Fraturas e Fissuras


Fraturas e Fissuras

Fratura ocorre quando o osso é quebrado separando-o em duas ou mais partes.
Fissura ocorre quando o osso é rachado ou trincado não ocorrendo a separação.

As fraturas podem ser classificadas em:
Fechadas - São internas e não podem ser vistas sem ajuda de aparelhos específicos.
Abertas - Ocorre ferimento externo, mas o osso não fica exposto.
Exposta - O osso fraturado se expõe através de um rompimento na pele.

Inchaço, deformidade, dor, alteração de cor, adormecimento e formigamento na área atingida podem ser sintomas de que algum osso foi fraturado.
Deve-se primeiramente manter o vítima calma e aquecida. Imobilzar o local atingido para impedir que o osso fraturado se movimente e danifique as partes moles, isto também ajuda a reduzir a dor.
Nunca tente de forma alguma colocar o osso no lugar.
Aplicar compressas de gelo na região atingida ajuda a reduzir o inchaço, dores e hematomas.
Se houver lesão na pele, lave com água e sabão e coloque um compressa de gaze cobrindo a região afetada antes de imobilizar.
Em caso de hemorragia, é necessário estancar o sangue com um pano limpo.
Chame socorro médico ou dependendo do caso encaminhe a vítima ao atendimento especializado.

Vítimas com sinais de fratura na bacia, fêmur e costelas devem ser encaminhas ao atendimento especializado o mais rápido possível.
Uma pessoa com a bacia fraturada poderá perder até 3 litros de sangue rapidamente, e com o fêmur fraturado 1,5 litro.

No caso de costelas fraturadas, pode ocorrer a perfuração de orgãos internos, como por exemplo o pulmão.
Os sintomas são dores ao respirar, tossir e espirrar, assim com também pode ocorrer sangramento pela boca e nariz.
Neste caso deve imobilizar o tórax de forma comfortável com uma faixa, facilitando assim a respiração.

Importante lembrar:
Em qualquer caso de atendimento de primeiros socorros use sempre o equipamento de proteção individual.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Apostila de Fisiologia Prof. Crislen

FISIOLOGIA MÓDULO 1 AULA 2
FISIOLOGIA CELULAR

A célula é a unidade estrutural e funcional básica do organismo. Apresenta componentes orgânicos e inorgânicos. Os componentes orgânicos são: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e ácidos nucléicos; os compostos inorgânicos são a água e os sais minerais.
A célula é composta por estruturas chamadas organelas.

1 Membrana Plasmática
Envoltório celular de natureza lipoprotéica. Tem a função de controlar a entrada e saída de substâncias, colaborando para manter constante a composição química da célula. Por isso, costumamos dizer que a membrana possui permeabilidade seletiva.
As substâncias atravessam a membrana de duas maneiras: transporte passivo (sem gasto de energia) e transporte ativo (com gasto de energia).

1.1 Transporte passivo por difusão
Movimento das moléculas da região onde há maior concentração, em direção aquela com menor concentração. Isto ocorre até as moléculas ficarem espalhadas de maneira uniforme.
Como exemplo temos o oxigênio, que entra sempre na célula pois é continuamente gasto no processo de respiração celular. A respiração celular produz gás carbônico, este está sempre em maior concentração no interior da célula do que fora.
1.2 Transporte passivo por osmose
Na osmose, o meio com menor concentração de soluto (hipotônico) sede água (solvente), através da membrana semipermeável, para o meio mais concentrado (hipertônico). A concentração de sais na célula é controlada por osmose.



• Transporte facilitado
Presença de proteínas transportadores chamadas permeases. Obedece a lei da difusão (mais concentrado para o menos concentrado), consequentemente, não há gasto de energia.
Algumas substâncias são impedidas de entrar na célula através da camada de lipídios, como, por exemplo, a glicose que é pouco solúvel em lipídio. Por isso, a importância das proteínas carregadoras.

• Transporte ativo por proteínas da membrana
Nesse tipo de transporte ocorre o movimento do soluto contra o gradiente de concentração, ou seja, do meio menos concentrado para o mais concentrado. Depende de proteínas especiais, as ATP-ases, que, com grande gasto de energia, ligam-se com a substância de um lado da membrana, soltando-a do outro lado.
Como exemplo temos a bomba de sódio (Na+) e potássio (K+). A concentração de sódio fora da célula é maior do que no seu interior, ocorrendo o oposto com o potássio. Esses íons atravessam a membrana normalmente de forma passiva através dos poros. O processo ativo permite a manutenção da concentração diferencial.
A manutenção da alta quantidade de K+ dentro da célula é importante na síntese de proteínas e em algumas etapas da respiração celular. Além disso, a diferença de carga elétrica na membrana, especialmente nas células nervosas e musculares, propiciam a transmissão de impulsos elétricos.



• Transporte ativo por endocitose e exocitose
Normalmente, a membrana permite a passagem de pequenas moléculas e íons. As macromoléculas como as proteínas, ácidos nucléicos e polissacarídeos precisam ser digeridas ou hidrolisadas (aminoácidos, nucleotídeos e monossacarídeos, respectivamente). A hidrólise consiste em uma reação química de quebra de uma molécula utilizando a enzima hidrolase (que contém água).
Há casos em que a célula utiliza um expediente particular para capturar ou eliminar partículas maiores, denominado endocitose e exocitose.
A endocitose é a captura, e pode ser de dois tipos: fagocitose e pinocitose.
Na fagocitose a célula ingere partículas grandes como micro-organismos ou resíduos celulares. A membrana plasmática retém a partícula e se invagina (o citoplasma forma expansões, os pseudópodes; pseudo= falso, podes= pés), envolvendo a molécula. Forma-se uma vesícula de englobamento, que coloca a molécula numa cavidade no interior da célula. Nesta cavidade ocorrerá a digestão e absorção dos produtos. Ex: Glóbulos brancos fagocitam e protegem o corpo contra bactérias invasoras.
Na pinocitose, através de invaginações da membrana, a célula captura pequenas gotículas. Ex: Células do intestino delgado utilizam pinocitose para transformar gordura e lançar nos vasos linfáticos.
Já a exocitose, é o processo de eliminação de produtos para fora da célula através de pequena vesícula junto a membrana. Ex: Proteínas e enzimas sintetizadas no Complexo de Golgi são lançadas (esse processo também é chamado de clasmocitose) para o meio extracelular.

Apostila de Anatomia. Prof. Crislen

Para aqueles que não receberam por e-mail, aqui esta a apostila:
ANATOMIA AULA 5
SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso pode ser dividido em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O SNC inclui o encéfalo e a medula espinhal. Sua principal função é interpretar as informações obtidas e elaborar respostas adequadas, enviando-as aos órgãos do corpo responsáveis pelas ações. O SNP é constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Sua função é conduzir informações das diversas partes do corpo até o SNC e vice-versa.
O tecido nervoso contém dois tipos de células: neurônios e células de suporte. As células de suporte que mantém os neurônios em sua posição e evitam que os sinais sejam dispersados. No SNC, essas células são chamadas neuroglia, e no SNP, células de Schwann.

1 SNC
O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Estas estruturas são envolvidas por três membranas de tecido conjuntivo, as meninges (dura-máter, aracnóide e pia-máter). O espaço entre as meninges e o SNC é preenchido por um fluído chamado líquor, ou líquido cerebroespinal. O líquor tem a função de amortecer eventuais choques contra os ossos que envolvem o SNC (ossos do crânio e coluna vertebral).

1.1 Encéfalo
O encéfalo humano tem cerca de 1,4kg nas pessoas adultas e preenche totalmente a caixa craniana. As principais partes do encéfalo humano são: cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
O cérebro é a maior porção do encéfalo e está dividido nos hemisférios cerebrais direito e esquerdo. Os hemisférios cerebrais são unidos por uma faixa de substância branca que forma um grande trato fibroso chamado corpo caloso. Cada hemisfério cerebral tem quatro lobos principais: frontal, parietal, temporal e occiptal; que são denominados de acordo com os ossos do crânio que os recobrem.
A camada mais externa dos hemisférios cerebrais, cuja espessura varia entre 1cm e 2cm, é o córtex cerebral. O córtex é constituído por mais de 20 bilhões de corpos celulares de neurônios. Por seu aspecto, recebeu no passado a denominação de substância cinzenta. A região mais interna dos hemisférios cerebrais é constituída por neufibrilas (dentritos e axônios), que levam informações ao córtex e trazem dele instruções para o funcionamento corporal. Sua aparência mais clara que a do córtex, devido a bainha de mielina (substância lipídica) que envolve os axônios, recebeu a denominação de substância branca.
Alguns dos sulcos mais profundos dos hemisférios cerebrais delimitam áreas conhecidas como lobos, que coordenam funções específicas. A porção anterior de cada hemisfério é conhecida como lobo frontal, responsável por controlar os músculos esqueléticos, o pensamento (planejamento, comportamento e limites), a fala e o olfato. Os lobos parietais, localizado nas laterais superiores da cabeça, estão relacionados a recepção dos sentidos como tato, dor e temperatura do corpo, além disso é nos permite a localização do corpo no espaço. Os lobos temporais estão situados nas regiões laterais inferiores da cabeça, e estão relacionados a memória e audição. Os lobos occipitais, situados na parte posterior da cabeça, estão ligados a visão.
O cérebro humano, com seu grande poder de áreas associativas, é considerado o centro da inteligência e do aprendizado. A atividade do cérebro humano demanda mais de 17% do sangue bombeado do coração e utiliza cerca de 20% do gás oxigênio inalado, apesar de corresponder a apenas 2% do peso corporal.
Na base do cérebro estão localizadas duas massas ovóides de substância cinzenta, o tálamo e o hipotálamo. Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. O tálamo também atua na regulação do estado de consciência, atenção e alerta.
O hipotálamo é uma estrutura do tamanho aproximado de um grão de ervilha, localizado sob o tálamo. Essa região é importante na homeostase corporal, ou seja, no ajuste do organismo as variações externas. Por exemplo, é o hipotálamo que controla a temperatura corporal, o apetite e o equilíbrio hídrico do corpo. Além disso, é o principal centro da expressão emocional (por provocar alterações no estado fisiológico do corpo) e do comportamento sexual. O hipotálamo atua também na integração entre os sistemas nervosos e endócrinos, sendo responsável pela ativação de diversas glândulas produtoras de hormônio.
O cerebelo fica encaixado entre a parte posterior do cérebro e a ponte. Ele conecta-se ao tálamo, ao tronco encefálico e a medula espinhal por inúmeras fibras nervosas.
O cerebelo recebe informações de diversas áreas do encéfalo e da medula, sobre a posição das articulações e o grau de estiramento dos músculos, bem como informações auditivas e visuais. Com base nessas informações, o cerebelo coordena os movimentos e orienta a postura corporal (controla a marcha, movimentos com a cabeça, equilíbrio, coordenação, força e velocidade dos músculos). Quando uma parte do corpo é movimentada, o cerebelo coordena a movimentação das outras partes do corpo para manter o equilíbrio. É graças a ele que podemos realizar ações altamente coordenadas e complexas como andar de bicicleta, jogar tênis e tocar violão.
O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. Contém importantes centros de controle das funções vitais, como controle da respiração, vaso-motor e do vômito.



1.2 Medula Espinhal
A medula espinhal se estende do tronco encefálico até a 2ª vértebra lombar, quando se ramifica, sendo denominada cauda eqüina. A medula está localizada no interior do canal vertebral.
A medula é revestida por três meninges e tem um canal interno, ambas as regiões são preenchidas com líquor.
A medula é constituída no seu interior por substância cinzenta (corpos celulares neuronais), e o restante por substância branca (feixes de fibras). Ela tem a função de intermediar a comunicação entre o corpo e o encéfalo. As informações das diversas partes do corpo passam pela medula até chegarem ao encéfalo; e as ordens elaboradas no encéfalo retornam pela medula até chegar aos seus destinos.
Serve também como área integradora para coordenação de muitas atividades neurais subconscientes, como a retirada reflexa de parte do corpo frente a um estímulo doloroso e movimentos grosseiros da marcha.

2 SNP
É constituído pelos nervos e gânglios nervosos. Os nervos são prolongamentos de axônio (reunião de vários axônios) que partem do encéfalo e da medula, ramificando-se e atingindo todas as partes do corpo.
Os gânglios são grupos de corpos celulares de neurônios, localizados próximos a coluna vertebral de onde partem os nervos.
Costuma-se classificar os nervos em aferentes e eferentes. Os nervos aferentes conduzem informações sensoriais de toda a superfície e das estruturas do corpo para o SNC. Esses sinais são transmitidos a praticamente todas as outras regiões do sistema nervoso, onde vai ocorrer a análise e o processamento da informação sensorial. Assim, o sistema nervoso controla as atividades do corpo.
As respostas motoras são conduzidas do SNC ao SNP através dos nervos eferentes, produzindo a contração dos músculos esqueléticos, contração dos músculos lisos dos órgãos internos e a secreção de glândulas endócrinas e exócrinas em muitas regiões do corpo.
Os nervos também são classificados de acordo com a região do sistema nervoso a qual estão unidos: nervos ligados ao encéfalo são chamados nervos cranianos, e nervos ligados a medula são chamados de nervos raquidianos ou espinhais.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Comunicado

Atenção todos os alunos de Análises Clínicas:
Próxima segunda dia 10 de maio não haverá aula.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Fluidos Biológicos- Edema

Edema é o nome que se dá ao inchaço localizado em alguma parte do corpo. Os edemas mais conhecidos são os que ocorrem nas pernas. Mas edemas podem ocorrer em qualquer ponto. Existe edema de pulmão, edema cerebral, edema de glote, edema de língua etc...

Vamos então entender o que é edema. Os edemas de órgãos eu falarei em outra oportunidade. Agora vou me ater apenas aos edemas visíveis na pele.

Ao contrário do que se possa imaginar, os nossos vasos sanguíneos não são impermeáveis e apresentam poros que permitem a saída e entrada de células, bactérias, proteínas e água.

O inchaço ocorre quando há um excesso de saída de líquido para um tecido. Na verdade o excesso de água vai para o interstício, que o espaço existente entre as células dos tecidos.

Quando ocorre uma inflamação, os vasos sanguíneos ficam mais permeáveis para facilitar a chegada das células de defesa ao local da infecção ou trauma. Com o alargamento dos poros, há um maior extravasamento de líquidos para os tecidos ao redor.

O processo de formação de edema em um trauma ou infecção é fácil de entender e está detalhadamente explicado no link acima. O problema é que o edema pode se formar em várias outras situações.

Existem outros 3 mecanismos para formação do edema além do aumento da permeabilidade dos vasos:

1.) Aumento da pressão dentro das veias e capilares. Esse aumento nada tem a ver com hipertensão, que é a elevação da pressão arterial. Não custa lembrar que as artérias levam os sangue do coração aos órgãos e tecidos enquanto as veias fazem o caminho inverso, trazem de volta sangue dos tecidos para o coração.

O aumento da pressão venosa ocorre quando há algum tipo de obstrução, mesmo que parcial, ao fluxo sanguíneo venoso. Damos o nome de aumento da pressão hidrostática, ou seja, da pressão que o volume de líquido dentro do vaso faz sobre a parede do prórpio.

Um conhecido exemplo são as varizes nas pernas. Varizes são veias defeituosas que apresentam dificuldade em levar o sangue de volta ao coração. É bom destacar que as veias das pernas precisam agir contra a gravidade, e quando há algum defeito neste sistema, ocorre um represamento de sangue nos membros inferiores. O sangue acumulado nas veias, aumenta a pressão dentro das mesmas e causam extravasamento de líquidos para o tecido subcutâneo. Este quadro é chamado de insuficiência venosa dos membros inferiores


Outro mecanismo semelhante ocorre na insuficiência cardíaca, onde um coração fraco não consegue bombear o sangue de modo eficaz, novamente favorecendo o represamento do mesmo no membros inferiores.

Tanto na insuficiência cardíaca quanto na insuficiência venosa dos membros inferiores, o edema surge e piora quando o paciente fica muito tempo em pé e tende a desaparecer após algumas horas deitado, quando a gravidade não exerce força contrária.

Um dos sinais típicos do edema nas pernas é o cacifo ou sinal de Godet, que é a presença de um pequeno afundamento na pele à digitopressão (foto abaixo). É um sinal de excesso de líquido no tecido subcutâneo.


Em algumas doenças, principalmente de origem renal, ocorre um acumulo de sódio (sal) no corpo. Esse excesso de sal aumenta a quantidade de água corporal, que por consequência aumenta não só a pressão arterial, mas também a pressão venosa, favorecendo o aparecimento de inchaços.

Os 2 mecanismos descritos anteriormente (permeabilidade vascular e aumento da pressão venosa) são causas de edemas localizados, ou nas pernas ou no local acometido por trauma ou inflamação. No caso da retenção de sal, o edema costuma ser mais difuso.

2.) Um outro mecanismo para a formação dos inchaços, é a diminuição da viscosidade sanguínea, chamada de pressão oncótica, e é dada principalmente pela concentração de proteínas no sangue.
Enquanto que o aumento da pressão dentro das veias favorece o extravasamento de líquidos, a pressão oncótica faz o trabalho inverso. Portanto, a formação dos edema é um balanço entre a pressão hidrostática e a pressão oncótica.

Quando se tem alguma doença que diminua as proteínas sanguíneas (a principal é a albumina), o paciente tende a formar edemas, mesmo que a pressão dentro das veias seja normal. Neste caso o edema é generalizado, já que a falta de proteína ocorre por todo o corpo.

Quando o edema ocorre de modo difuso, damos o nome de anasarca. A doença característica deste tipo de edema é a cirrose. O principal produtor de albumina do corpo é o fígado. Quando este para de funcionar corretamente, reduz-se a síntese de proteínas e consequentemente a pressão oncótica. O resultado final é a anasarca.

Um tipo de edema típico da cirrose, e que faz parte da anasarca, é a ascite, que ocorre pelo extravasamento de líquido para dentro da cavidade abdominal. Também pode ocorrer na insuficiência cardíaca avançada. A ascite apresenta dois mecanismos: ocorre tanto pela falta de albumina como pelo aumento da pressão nas veias do fígado, comum na cirrose.

Outra doença que pode causar edemas difusos e ascite é a síndrome nefrótica, que nada mais é que uma doença renal onde ocorre perda de proteínas na urina .

Na verdade, qualquer doença crônica grave pode inibir a produção de albumina pelo fígado e causar edema.

3.) Outro tipo edema, esse menos comum, é o de origem linfática. É chamado de linfedema e ocorre por obstrução dos vasos linfáticos. Ocorre na elefantíase, nos cânceres, na obesidade mórbida e nos membros superiores de doente que fazem mastectomia e retirada dos gânglios da axila. Na insuficiência venosa grave e não tratada, pode ocorrer também linfedema associado.

O linfedema não costumar ter cacifo e é mais deformante que o edema venoso.

Muitas vezes os edemas são causados por mais de um mecanismo.

Causas de edema:

1.) Aumento da pressão hidrostática e/ou retenção de sódio
Insuficiência venosa
Insuficiência cardíaca
Insuficiência renal
Gravidez
Trombose venosa
2.) Diminuição da pressão oncótica
Cirrose e doenças hepáticas
Síndrome nefrótica
Doenças crônicas
Desnutrição
3.) Aumento da permeabilidade vascular
Sepse
Grandes queimados
Inflamações (edema local)
Reação alérgica
4.) Linfedemas
Câncer
Ressecção de gânglios
Elefantíase (filariose)
Obesidade
Hipotireoidismo grave (mixedema)
Edema sem causa aparente (edema idiopático)

Existe um tipo de edema que ocorre principalmente em mulheres jovens e sadias, normalmente associado ao período menstrual. Também está associado a obesidade e depressão. Não há causa aparente.

O edema costuma ser cíclico e muitas mulheres tomam diuréticos próximo ao período menstrual para alívio dos sintomas. Na verdade, tomar diurético para esse tipo de edema só PIORA o quadro. Uso crônico de diurético sem indicação é uma causa de edema por mais paradoxal que isso possa parecer.

O diurético mal indicado aumenta a retenção de sódio, principalmente nos intervalos entre as tomadas. O doente acaba ficando dependente do remédio e não consegue estabelecer uma ligação causal com o diurético. Na verdade, o paciente acha que só o diurético alivia seu edema. Quando se suspende o diurético, ocorre uma piora do edema, o que assusta e faz com se retorne o medicamento. Após algumas semanas sem diurético, o edema regride sozinho.

Portanto, não se usa diuréticos em pessoas saudáveis com pequenos edemas nos membros inferiores, principalmente se associados ao período menstrual. O melhor é reduzir o consumo de sal, suspender drogas que possam causar edemas como Nifedipina, amlodipina, rosiglitazona Antiinflmatórios e minoxidil. Naqueles com excesso de peso, emagrecer é necessário.

Um tipo de edema comum na prática clínica é o que ocorre em doente com longa internação, principalmente em UTI.

Referência: http://www.mdsaude.com/2009/02/inchaco-e-edema.html

Fluidos Biológicos- Ascite

Ascite (também conhecida como "barriga d´água" ou hidroperitônio) é o nome dado ao acúmulo de líquido no interior do abdome. Esse líquido pode ter diversas composições, como linfa (no caso da ascite quilosa, causada por obstrução das vias linfáticas), bile (principalmente como complicação da retirada cirúrgica da vesícula biliar), suco pancreático (na pancreatite aguda com fístula), urina (no caso de perfuração das vias urinárias) e outras. Mas, no contexto de doença do fígado com hipertensão portal (cirrose, esquistossomose, Síndrome de Budd-Chiari e outras), a ascite é o estravazamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal, principalmente através do peritônio, provocado por uma somatória de fatores.


Paciente com ascite severa.

A ascite, na doença hepática crônica, sinaliza que a doença está avançada e está relacionada ao aparecimento de outras complicações da cirrose, como a hemorragia por varizes esofágicas e a encefalopatia hepática. Inicialmente, pode ser tratada apenas com diuréticos e a dieta com pouco sal, mas à medida que a doença progride os rins podem não suportar os diuréticos e/ou desenvolverem a chamada síndrome hepatorrenal (falência dos rins causada por alterações cicrulatórias provocadas pela cirrose) e pode ser necessária a realização de paracentese (drenagem da ascite através de punção com agulha). Além de outras complicações, a presença da ascite pode levar à infecção do líquido ascítico, condição chamada peritonite bacteriana espontânea, que pode ser severa e com alta mortalidade se não tratada adequadamente.

Neste texto, será abordada apenas a ascite relacionada a doença hepática crônica e à hipertensão portal.

A ascite é uma condição muitifatorial, onde diversas alterações causadas pela doença hepática se somam e culminam no acúmulo de líquido intra-abdominal. A fisiopatogenia da ascite é muito mais complexa do que a exposta aqui, que está simplificada por questões didáticas.

Hipertensão portal

Com o aumento da resistência ao fluxo de sangue através do fígado (pela desorganização estrutural e/ou contração dos sinusóides na doença hepática), há um aumento na pressão em todas as veias que confluem na veia porta (sistema porta hepático).


Sistema porta hepático

Essas veias, que provém da maioria dos órgãos do abdome, tornam-se dilatadas (pela pressão interna aumentada e pela ação de vasodilatadores), levando ao estravasamento de um líquido filtrado do sangue que "escapa" dos vasos.


Corte sagital do abdome mostrando o peritônio envolvendo as alças intestinais e o fígado (linha preta mais escura).

O órgão que é responsável pela maior parte da produção do líquido ascítico é o peritônio, uma membrana que reveste a parte interior do abdome e alguns dos seus órgãos e que é permeável, tanto ao extravasamento de líquido para a formação da ascite, quanto à absorção do líquido durante o tratamento.

Pressão coloidosmótica (ou oncótica)

Apesar dos poros nos capilares sangüíneos, a presença da quantidade adequada de grandes proteínas plasmáticas, em especial a albumina (que é maior do que os poros), "segura" a maior parte do plasma dentro do vaso sanguíneo.


Estrutura tridimensional da albumina

Na cirrose, a quantidade de albumina pode estar reduzida (hipoalbuminemia) por dois motivos principais: a desnutrição, que é comum na cirrose avançada, ou a falência na produção da albumina, que é realizada exclusivamente no fígado, que está comprometido.


Estravazamento do plasma dos capilares sangüíneos

Sem a quantidade adequada de albumina, a pressão oncótica nos vasos sangüíneos diminui, o que torna mais "fácil" o extravasamento do plasma que está sendo "empurrado" pelo aumento na pressão do sistema porta.

Retenção de sódio e água pelos rins

Sempre que aumenta a pressão em um vaso sangüíneo, o organismo passa a liberar substâncias que levam à dilatação do vaso, para controlar a pressão. Se a hipertensão for por algum distúrbio bem localizado, isso pode ser suficiente até que o problema esteja resolvido. Se for causado por excesso de líquido em todo o organismo, alivia o problema até que o mesmo seja eliminado.

Na hipertensão portal, os vasodilatadores são liberados em todo o sistema porta, o que faz com que a quantidade de vasos dilatados seja muito grande e não estejam restritos apenas ao sistema porta (há uma vasodilatação em praticamente todo o organismo). No entanto, a quantidade de sangue é a mesma, o que faz com que, além de não resolver completamente o problema de hipertensão no sistema porta, a pressão sangüínea em todo o organismo esteja reduzida.

No entanto, os rins interpretam a pressão baixa como sinal de que falta líquido no organismo, portanto passar a usar mecanismos (sistema renina-angiotensina-aldosterona) para absorver mais sal e água e tentar elevar a pressão. O resultado disso é que a água e o sal extras, pelos mecanismos descritos anteriormente, vão aumentar ainda mais a ascite.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

A ascite, quando pequena, não causa sintomas, sendo diagnosticada apenas por exames de imagem (principalmente a ecografia, que é realizada rotineiramente no cirrótico para rastreamento do carcinoma hepatocelular).


Ecografia mostrando ascite

À medida que o volume de ascite aumenta, pode-se observar aumento no volume do abdome, com sensação de "peso", tendência a edema (inchaço) dos membros inferiores e de testículo (especialmente na presença de hérnia ínguino-escrotal). Vale lembrar que, apesar da ascite ser a principal causa de aumento do volume abdominal em cirróticos, também pode ser causado por gases ou pelo acúmulo de gordura (obesidade). Ascites moderadas podem ser detectadas clinicamente pela percussão, onde observa-se submacicez móvel, entre outros sinais.


Paciente com ascite com grande quantidade de circulação colateral visível no abdome.

A ascite severa, com grande aumento do abdome, é facilmente identificável. Há um aumento no desconforto, na sensação de "peso" e há também dispnéia (falta de ar). A dispnéia pode estar diretamente relacionada à quantidade de líquido e piora quando o paciente está deitado, pois a ascite pressiona mais ainda o diafragma, reduzindo o volume dos pulmões. Mesmo assim, a dispnéia pela ascite deve ser diferenciada da causada por insuficiência cardíaca, da síndrome hepatopulmonar e do hidrotórax.


Derrame pleural pela ecografia do site Terason (clique na figura para abrir um vídeo do exame)

Além dos sinais e sintomas especificamente causados pela ascite, outros relacionados à causa da mesma podem estar evidentes. No caso específico da hipertensão portal , podem ser observados edema de membros inferiores, spiders, circulação venosa evidente na parede abdominal, equimoses e sinais de encefalopatia hepática.


Técnica da pesquisa de submacicez móvel para diagnóstico da ascite. Durante a percussão do abdome, observa-se a presença de submacicez na parte mais baixa do abdome, se o paciente estiver em pé, como na figura, ou nos lados, se deitado. Em seguida, pede-se para o paciente deitar de lado, observanso-se à percussão que o local de submacicez mudou para o lado que fica abaixo, refletindo a mudança de posição do líquido. É o achado mais seguro no exame físico para confirmar a presença de ascite, mas só surge quando há pelo menos 1.500 mL de ascite.

Para fins de classificação da cirrose na escala de Child-Pugh, a ascite é dividida entre "ausente", "leve" e "moderada/severa". A ascite leve englobaria a ascite observada apenas por exame de imagem (como a ultra-sonografia) e a observada no exame físico, mas sem grande aumento do volume abdominal. A ascite moderada seria a que leva a aumento significativo no abdome, mas sem a presença de falta de ar (dispnéia) e/ou de abdome tenso pela grande dispensão, que seriam característicos da ascite severa.

Classificação de Child-Pugh1

Encefalopatia hepática 2

ausente

1-2

3-4

Ascite

ausente

leve

moderada/severa

Albumina

> 3,5

2,8-3,5

<>

Bilirrubina total3

<>

2,0-3,0

> 3,0

Tempo de protrombina4

1-4

4-6

> 6

Pontos:

1

2

3

A: 5-6 pontos

B: 7-9 pontos

C: 10-15 pontos

Notas: 1soma-se os pontos para cada um dos cinco itens; 2classificação de West Haven; 3na cirrose biliar primária, utilizar os seguintes valores de bilirrubina total: 1-4 (1 ponto), 4-10 (2 pontos) e > 10 (3 pontos); 4segundos após o controle - é possível também utilizar o valor de RNI: <> 2,3 (3 pontos)

Punção do líquido ascítico

Em todo paciente com ascite recém diagnosticada, especialmente quando houver suspeita de ascite de outra etiologia não relacionada a hipertensão portal ou de peritonite bacteriana, deve ser colhido o líquido ascítico para análise laboratorial. Essa coleta é realizada através de punção, com agulha, da parede abdominal. É um procedimento muito simples nas ascites moderadas a severas (nas pequenas, pode ser necessário o auxílio de método de imagem, como a ultra-sonografia ou a tomografia computadorizada), pouco doloroso (sente-se apenas uma pontada) e praticamente isento de riscos se realizado adequadamente.

O líquido ascítico coletado é então analisado em laboratório. A não ser que exista suspeita de peritonite bacteriana, onde parte do material é aplicado imediatamente coleta em frasco com meio de cultura líquido (frasco de hemocultura) ou em suspeitas específicas, o líquido ascítico é colhida para obter dois valores: o gradiente de albumina soro-ascite e a quantificação de leucócitos polimorfonucleares.

O gradiente de albumina soro-ascite é a simples diferença entre a quantidade de albumina no soro sangüíneo (medida por exame de sangue no mesmo dia da coleta da ascite) e a do líquido ascítico. A ascite causada por hipertensão portal é um filtrado do plasma. Deste modo, mesmo que a quantidade de albumina no sangue esteja baixa, a quantidade na ascite é muito menor. Já nas ascites de outras causas, como a causada por câncer, onde há perda de sangue rico em albumina para dentro da cavidade abdominal, ou na ascite quilosa, causada por extravasamento de linfa, também rica em albumina, a diferença entre a quantidade de albumina do soro e da ascite é menor. Assim, o gradiente de albumina soro-ascite maior ou igual a 1,1 g/dL, particularmente com albumina sérica relativamente preservada (acima de 3,0 g/dL) tem precisão de 97% de diferenciar a ascite causada por hipertensão portal da de outras causas.

Os leucócitos polimorfonucleares (neutrófilos) são células de defesa do sistema imunológico. O achado de mais de 250 células por mm3 é altamente sugestivo de peritonite bacteriana espontânea. A presença desse achado, portanto, exige a coleta de nova amostra para cultura bacteriana. Essa nova coleta deve ser aplicada em frasco de meio de cultura líquido (geralmente frasco de hemocultura) imediatamente após a coleta, na beira do leito, para aumentar a chance de que a bactéria cresça em cultura, seja identificada e que os principais antibióticos sejam testados para demonstração da sensibilidade aos mesmos, orientando as melhores opções de tratamento.

TRATAMENTO

Tratamento não diurético

  • A abstinência alcoólica diminui o dano ao fígado, melhora o componente reversível da hepatopatia alcoólica e pode reduzir a hipertensão portal, levando a melhor na ascite; além disso, a abstinência em alcoólatras pode levar a melhora nutricional, com aumento na albumina sérica e melhora na pressão coloidosmótica do sangue;

  • Como a retenção de sódio e água pelo rim é fator fundamental no desenvolvimento da ascite, a restrição de sódio é primordial no controle da mesma: recomenda-se uma restrição severa, abaixo de 88 mmol de sódio ao dia (preferencialmente com o auxílio de nutricionista clínico); não está indicada a restrição de água, a não ser em casos de hiponatremia (baixo sódio no sangue) severa (abaixo de 120 mmol/L);

  • A restrição absoluta ao leito não está indicada;

  • Recomenda-se o registro diário do peso corporal, uma vez que as perdas mais evidentes ocorrem por aumento ou perda do líquido acumulado, sendo um bom parâmetro para observar a resposta ao tratamento;

Tratamento diurético

O tratamento com diuréticos é recomendado para todos os pacientes com ascite secundária a hipertensão portal e que não possuam disfunção dos rins, seja por síndrome hepato-renal ou por outras causas. Como os diuréticos podem induzir o desenvolvimento da síndrome hepato-renal, que é uma complicação grave da cirrose e pouco tratável, a sua introdução deve ser cautelosa.

Os dois diuréticos mais utilizados na ascite são a espironolactona e a furosemida. A furosemida é um diurético de alça, muito potente, mas que tem a desvantagem de causar um aumento da eliminação de potássio pela urina, podendo levar a falta de potássio no sangue - hipocalemia - uma condição que predispõe a câibras e, em casos mais severos, a arritmia cardíaca. A espironolactona (aldactone) apesar de ser um diurético menos potente, tem a vantagem de promover a redução da eliminação de potássio na urina, contrabalançando a perda induzida pela furosemida. Por outro lado, a espironolactona tem início de ação e meia-vida (tempo em que fica no organismo) demorados, o que pode ser indesejado se houver indução de síndrome hepato-renal.

Fonte :http://www.hepcentro.com.br/ascite.htm

Fluídos Biológicos

Drenagem Linfática

Drenagem linfática é uma técnica da Fisioterapia que facilita a circulação da linfa e a expulsão desta, junto com microorganismos e substâncias não necessárias ao corpo. A drenagem linfática traz inúmeros benefícios a pacientes que portam diversas doenças relacionadas ao sistema cardiovascular, como a Elefantíase.

O método de drenagem linfática manual surgiu em Paris, em 1932, foi desenvolvido pelo terapeuta dinamarquês Emil Vodder que trabalhava junto com sua esposa, na Riviera Francesa, por isso, é muito mais popular na Europa que no Brasil. Considerado um método de massagem altamente especializado, deve ser realizado por fisioterapeutas ou profissionais com profundos conhecimentos de anatomia e fisiologia do sistema linfático. Ao contrário do que se pensa, a Drenagem Linfática não dói e se bem empregada pode combater um dos maiores inimigos da mulher: a celulite.

A massagem consiste em manobras suaves, lentas, rítmicas e relaxantes, com os dedos ou as mãos de acordo com a zona do corpo. Uma pressão que cause dor pode romper vasos e formar hematomas, trazendo complicações para o quadro da paciente. Também se deve ter conhecimento de que os capilares linfáticos estão localizados logo abaixo da pele e acima dos músculos, portanto não existe "Drenagem Linfática Profunda", isto é propaganda falsa!

MÃOS DE FADA...

A Drenagem Linfática deve ser exclusivamente manual, não é recomendado fazê-la com ajuda de aparelho de endermologia, com o intuito de intensificar a massagem, como algumas clínicas prometem. “A Drenagem Linfática é manual, porque só manualmente se consegue respeitar a fisiologia do sistema linfático”. Também se engana quem espera por uma massagem pelo corpo todo, pois a Drenagem Linfática é direcionada. Apesar de durar em média uma hora e meia, é realizada somente na região necessária. “Trabalha-se a queixa do paciente, contudo, se a massagem é realizada nos membros inferiores, por exemplo, todo o tronco também será beneficiado, pois a estimulação dos gânglios libera o ducto principal”.

ESTÍMULO DA CIRCULAÇÃO

Os movimentos da massagem seguem o trajeto dos vasos linfáticos, o que melhora as funções essenciais do sistema venoso e linfático. A principal finalidade é mobilizar a corrente de líquidos que está dentro dos vasos linfáticos com objetivo de movimentar a linfa em direção aos gânglios (nos capilares linfáticos, esse líquido passa a se chamar linfa). Esta prática melhora a circulação sanguínea, por isso, é recomendada no tratamento de celulite, porque elimina líquido. Podem causar a retenção de líquidos uma dieta rica em sal e gordura, alterações hormonais, problemas circulatórios, processos inflamatórios, roupa apertada, entre outros. Assim, o corpo fica sobrecarregado por um excesso de liquido que não consegue reabsorver, ocasionando a celulite.

A estagnação dos gânglios linfáticos também pode causar dor, desconforto e corpo inchado. A estimulação da circulação linfática ajuda o corpo a eliminar toxinas e auxilia na nutrição dos tecidos. Embora todos os tipos de massagem estimulem a corrente linfática, a técnica de Vodder é focada na drenagem do excesso linfático. “A Drenagem Linfática também é ótima para cólicas menstruais, em gestantes alivia dores nas pernas e a sensação de peso, também funciona muito bem para minimizar hematomas e evitar processos fibróticos nos pós-cirúrgicos, como plásticas e lipo”, recomenda.

REGENERAÇÃO DOS TECIDOS

A Drenagem Linfática Manual é recomendada para o desaparecimento de inúmeras formas de edemas como, por exemplo, edemas pós-operatórios; o edema do braço depois de uma mastectomia; assim como os edemas pós-traumáticos, como os que aparecem quando se faz uma fratura. De acordo com a Dra. Cibele Rocha, a massagem estimula o processo ou imunológico, aumentando na zona cortical dos gânglios linfáticos, a produção de linfócitos, cujo núcleo tem um papel alimentício e regenerador para os tecidos. Este fenômeno foi observado em úlceras varicosas, osteoporoses, enxertos de órgãos e celulites.

EFEITO RELAXANTE...

A Drenagem Linfática Manual exerce uma ação sedante, tranqüilizante e relaxante. De fato, quando se inicia o tratamento, a maioria dos pacientes sente que os seus músculos se relaxam, as suas pálpebras pesam e uma sensação de torpor invade-os. No entanto, não é recomendável a utilização de cremes ou óleos de massagem nesta técnica. De acordo com a Dra. Cibele Roha isto acaba atrapalhando a realização das manobras e a pressão específica das mãos fica comprometida. “Nada impede de utilizar óleo essencial para aromatizar o ambiente”, diz.

Também é comum sentir vontade de urinar com mais freqüência após a sessão, e este é um sinal que a Drenagem Linfática foi bem feita, pois estimula ao funcionamento dos rins e todos os detritos acabam sendo eliminados naturalmente através da urina. Devemos sempre fazer Drenagem Linfática para uma boa qualidade de vida, pois além de todas as indicações já citadas, ajuda a combater o stress, proporciona regeneração e defesa dos tecidos, aumenta a eliminação de toxinas por diurese em até 24 horas.

INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES

“Qualquer pessoa pode receber esta massagem, não precisa necessariamente estar com algum problema”, explica Cibele. A Drenagem Linfática somente possui contra-indicação absoluta em casos de trombose venosa profunda e quando existe a suspeita ou se está em tratamento do câncer. Pessoas cardíacas ou com a pressão alta possuem contra-indicações relativas, salvo quando controladas por medicamentos. É absolutamente indicado para gestantes, principalmente, para aliviar as dores do corpo muito inchado nos últimos meses da gravidez.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Educação Finaceira

Nos dias de hoje entender como controlar as finanças pessoais é uma necessidade que muitos brasileiros ignoram.
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Doença de Chagas


Barbeiro: vetor da doença de Chagas

Em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu uma doença infecciosa que acometia operários do interior de Minas Gerais. Esta, causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença de Chagas, em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez.

O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto da subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do sangue de vertebrados endotérmicos. Vive em frestas de casas de pau-a-pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento.

Ao sugar o sangue de um endotérmico com a doença, este inseto passa a carregar consigo o protozoário. Ao se alimentar novamente, desta vez de uma pessoa saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita.

Este processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua refeição. Como, geralmente, as pessoas costumam coçar a região onde foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes, penetrem pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e, depois, nas fibras musculares, principalmente nas da região do coração, intestino e esôfago.

A transfusão de sangue contaminado e transmissão de mãe para filho, durante a gravidez, são outrasformas de se contrair a doença. Recentemente descobriu-se que pode ocorrer a infecção oral: são os casos daquelas pessoas que adquiriram a doença ao ingerirem caldo de cana ou açaí moído contendo, acidentalmente, o inseto. Acredita-se que houve, nestes casos, invasão ativa do parasita, via aparelho digestivo.

Cerca de 20 dias após a sua primeira - e última - cópula, a fêmea libera, aproximadamente, 200 ovos, que eclodirão em mais ou menos 25 dias. Após o nascimento, estes pequenos seres sofrerão em torno de cinco mudas até atingirem o estágio adulto, formando novas colônias.

Febre, mal estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço são alguns sintomas que podem aparecer inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se apresenta de forma assintomática.

Em quadro crônico, o mal de Chagas pode destruir a musculatura dos órgãos atingidos, provocando o aumento destes, de forma irreversível.

O diagnóstico é feito via exame de sangue e consiste na busca do parasita no material coletado. O tratamento, visando à eliminação dos parasitas, é satisfatório apenas no estágio inicial da doença, quando o tripanossoma ainda está no sangue. Na fase crônica, a terapêutica se direciona para o controle de sintomas, evitando maiores complicações.

O controle populacional do barbeiro é a melhor forma de prevenir a doença de Chagas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Datas Importantes


Aqui estão as atividades marcadas até o dia de hoje:

Dia 15-16 de Abril.
Pesquisa sobre tecido cartilaginoso.
Disciplina: Anatomia/Fisiologia.

Dia 16 de Abril.
Prova de Microbiologia.

Dia 19 de Abril.
Prova de Citologia.
Pesquisa sobre o Método de Gram e Ziehl, Disciplina Microbiologia.

Dia 22 de Abril.
Prova de Fluídos Biológicos.

Dia 26 de Abril.
Prova de Hematologia.

Dia 28 de Abril.
Pesquisa sobre Instrumentos de Laboratório.
Disciplina: Fundamentos.

Boa Sorte e Estudem!